22 de novembro de 2012

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Guilherme Fiuza fala sobre o livro Giane - vida, arte e luta

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Ele é iluminado. É como Guilherme Fiuza define Reynaldo Gianecchini após terminar de escrever seu livro escrito em apenas dois meses.
Giane- Vida, arte e Luta conta sobre a vida com histórias desde sua infância, onde escrevendo foram notadas várias coincidências chamadas por Fiuza de fatores mágicos.
A obra já foi aprovada por Reynaldo Gianecchini. "Tínhamos o trato de ele ler antes, mas não poderia mexer. Tinha que aguentar o que incomodasse e foi o que aconteceu. Ele não deu um pio", conta Fiuza. "A biografia não tem só coisas boas", completa. Fiuza teve mais de 10 encontros com Giane e em um deles, a entrevista durou sete horas. "Não me lembro de ele levantar para ir ao banheiro".

Guilherme Fiuza ainda conta sobre o risco de vida que Giane correu durante seu tratamento, riscos sem vínculos ao cãncer. 

Guilherme Fiuza conta na obra que, aos oito anos, Giane disse aos pais que sairia de Birigui, interior de São Paulo, para ganhar o mundo. Anos mais tarde, Giane vai para a cidade grande para prestar vestibular de Direito na USP. Bom aluno, os pais do ator tinham a certeza que ele passaria, mas, por descuido, Giane esquece de preencher o cartão de respostas de exatas. Reprovado e brigado com o pai, que não gostou da falta de atenção do filho, ele vai para o exército. Depois de raspar a cabeça, Giane recebe a notícia que foi reclassificado pela PUC e volta a São Paulo.
Até que um dia vai a uma festa de amigos e um homem diz a ele: “Posso te transformar no cara mais f* do Brasil”. No primeiro momento Gianecchini ignora, mas depois liga para o olheiro e a partir daí começa a preparação por um ano para ser modelo. Ele faz aulas de meditação, para de comer e perde dez quilos.

“Nasce o modelo em mais uma virada novelística”, constata Guilherme Fiuza, que colheta diversas coincidências ao longo das 300 páginas da biografia. Em pouco tempo de carreira, Carlos Casagrande, que hoje trabalha como ator, se vestia no camarim para uma campanha da Mapin, mas na hora das fotos ele não coube na roupa. Reynaldo Gianecchini apareceu como solução. Foi assim, num encarte do jornal Estadão, que a mãe de Giane descobriu o novo ofício do filho.

Já consagrado, Gianecchini foi reprovado para fazer a campanha da Gucci, o trabalho que o projetaria para o mundo. Nisso, em 1998, ele foi para a França desfilar e conheceu Marília Gabriela, que ganhou o pacote para ir a Copa do Mundo porque um amigo desistiu de ir. “Eles se conhecem, se apaixonam e ela fica no circuito dele de modelo. Vai atrás dele em Nova York, Milão... Mas, depois de perder o trabalho da Gucci, ela convence Giane de voltar para o Brasil e ele começa a estudar teatro”, conta Fiuza.

“Um produtor de teatro vai a uma agência de modelo e escolhe ele. Daí Giane pede para esse produtor vê-lo no teatro, em “Boca de ouro”. O produtor não gosta, diz que ele é ‘verde’ demais, mas quer mesmo assim porque era isso que o papel exigia, um ator cru para ser o protagonista de "Laços de família". A partir daí é a história que todos conhecem”, completa Guilherme Fiuza.
Para fechar as coincidências, Guilherme Fiuza estava em sua editora quando soube da intenção da Sextante em contar em livro a história de Reynaldo Gianecchini. “Eles não estavam conseguindo falar com o Giane e eu me ofereci para fazer essa ponte porque eu conheço uma pessoa que trabalha com a Marília Gabriela. Era só isso. Mas passou dez minutos e essa mulher me ligou dizendo que o Reynaldo estava na frente dela, gravando com a Marília Gabriela e tinha achado a ideia interessante”, relembra Fiuza, ainda se impressionando com a coincidência. No início não seria Fiuza que escreveria o livro, mas depois de um encontro, o autor se convenceu da bela história que poderia estar nascendo.

“Giane - vida, arte e luta” trata de todas as novelas feitas pelo ator, mas principalmente de “Laços de família”, contada em três capítulos por se tratar da primeira trama do modelo-ator. Também aborda “Esperança”, quando Giane quebrou quatro dentes em uma cena com Ana Paula Arósio, o autor, Benedito Ruy Barbosa, abandonou a novela e sem contar da relação difícil entre pai e filho que tinha a novela, que fez Giane se lembrar de seu pai.

Fonte / créditos: Extra globo

Um comentário:

  1. Sempre admirei a literatura do Guilherme Fiuza.
    Ele é muito inteligente. Teu um escrito brilhante.
    Ao escrever o livro Giani-vida, arte e luta, desenvolveu uma bela narrativa.
    Parabéns por mais um trabalho.
    E parabéns ao Giani por sua auto biografia.

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