13 de janeiro de 2013

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Gianecchini buscou inspiração em suas experiências para o Nando

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Interpretar o Nando, de Guerra dos Sexos, é quase como uma volta no tempo para Reynaldo Gianecchini. Nascido em Birigui, no interior de São Paulo, o ator utilizou muitos elementos internos para construir o personagem. Principalmente porque conhece bem a vida em uma cidade pequena e a ingenuidade que, muitas vezes, acompanha quem é de lá. E, na trama, Nando é do tipo inocente, que não vê malícia nas pessoas.

"Essas referências eu já tenho dentro de mim porque sou de um lugar desses. Conheço bem o universo do personagem, de ser do interior, de acreditar nas pessoas", conta ele que, por conta disso, já sabia como fazer o sotaque da Mooca – bairro de São Paulo onde parte da novela se passa que o papel tem. 
Munido de lembranças adequadas para o personagem, Gianecchini preferiu não se preparar muito para a trama de Silvio de Abreu. Achou melhor encontrar o tom, ao longo do processo, através das indicações de Jorge Fernando.

"É um diretor que adoro e confio", elogia.

Mas uma característica de Nando foi fundamental para o entendimento do ator: o romantismo.

"O Nando é romântico para tudo. Ele tem a mulher ideal na cabeça, quer casar com a princesa do castelo, que é a dona Juliana. Buscar esse romantismo foi meu ponto guia", explica, citando o papel de Mariana Ximenes, por quem Nando é apaixonado na história.

Mas o personagem tem uma vertente cômica importante. Ainda mais nas cenas que divide com Otávio, interpretado por Tony Ramos, de quem é motorista particular. O humor nonsense do folhetim, inclusive, é o grande diferencial para Gianecchini.

"Acho que isso que é o bacana. Temos de entender que a novela tem essa proposta, tem um humor quase de desenho animado mesmo", ressalta.

Uma das cenas inesquecíveis para o ator retratava justamente essa comédia rasgada. Na sequência, havia uma discussão na sala da mansão de Otávio e Charlô, vivida por Irene Ravache. Até que Felipe, de Edson Celulari, usa um arco e flecha e prende a empregada na parede.

"Os personagens são humanos, mas as situações de humor são quase extremas", aponta ele, que também gosta das cenas mais simples.
"Tive umas sequências muito verdadeiras com a Gloria (Pires), quando a personagem dela vai se apaixonando pelo Nando e ele, ingênuo, não percebe", destaca.

Com Mariana Ximenes, Gianecchini também realiza uma boa parceria. Como os dois são amigos, a intimidade acaba se refletindo de maneira positiva no trabalho. Além disso, já fizeram um par romântico em Passione. Mas, na época, os papéis eram completamente diferentes dos atuais. Os dois interpretavam os vilões da trama, também assinada por Silvio de Abreu.

"É muito bom reeditar essa parceria. Agora podemos exercitar juntos um outro lado. A maior parte da nossa vida durante os meses de novela é no Projac (complexo de estúdios da Globo). Então, se não for com quem a gente gosta, fica muito chato", admite.

Com quase 13 anos de carreira na tevê, Gianecchini reconhece que agora deixa o prazer de estar em cena falar mais alto. Antes, a responsabilidade do trabalho acabava pesando mais. Tanto que, em sua estreia, em Laços de Família, o ator vivia estressado. Ainda mais por estar na pele do protagonista de uma trama das nove.

"Eu era uma pilha ambulante. Era uma carga horária muito grande e um personagem importante. Era muito difícil porque eu não sabia nada de televisão", recorda.

Hoje em dia, é completamente diferente. Os anos de experiência o fizeram dar uma relaxada.

"Gravar a novela é um prazer. A responsabilidade existe, mas ela está ali, no lugar em que tem de ficar", simplifica.


Créditos: O Fuxico

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